sábado, 4 de julho de 2009

Sem imaginação pra titulo

Da janela vejo o tempo passar; A cidade formigada de cadáveres ambulantes que afirmam viver harmoniosamente. A fome e o frio que corrói o ossos de pequenas crianças. Me sinto um ser invasor desse mundo perdido. Não sei viver. A roda gigante outra vez faz sua viagem. Droga. A droga que consome o mundo e meus nervos não deixa de ser ilusória. E enquanto os momentos passam, minha vida se extingue Vai-se pelo ralo as porções de cabelos, de unhas; Pés e mãos ralados no asfalto da experiência. Rosto colado no vidro do presente se junta aos olhos cansados. Não de ressaca; São lacrimejantes pupilas dilatadas. Doloridas mordidas que expõe a carne aos corvos. Sinto falta de tanto. De tantos. Por que essa barragem? Deixa o rio correr. Maldição.

Botões

Estava lembrando daquele dia que me perdi. Me perdi nas ruas dessa cidade e encontrei esse esquilo, que acabara de sair dum abismo e resurgia nas luzes Estava divino. Eu só não sabia que nunca entenderia aquele roedor maldito. Por pouco mais de 60 dias eu o conheci. Mas por páginas que viram, o animal saiu pelo mundo Pena que saiu de vez. Nunca mais vi o esquilo Só aquele dia no purgatório, mas só. Engraçado que não me lembrava dele há meses. Por que agora me veio sua lembrança? Não sei. Talves porque o amo. Sim, o amo. Mas não de modo convencional, um amor irreal. Amo aquele esquilo sonhador. Amo aquela alma rebelde como amo tantas almas pelo mundo. Pequeno esquilo errante, seja esse delinquente, que continuarei amando esses botões.

Quem sou eu

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Indecifrável até pra mim mesma.