domingo, 4 de outubro de 2009

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Avisto-o ao longe. Não me vê. Espero. Desejo encontra-lo seja onde for, quando for. Então o abraço e é como se o tempo parasse. Não quero soltá-lo, mas não posso segurá-lo. Em constante mudança e em estabilidade Sei que sempre o amarei. Mesmo que as águas mudem seu curso e que o Sol deixe brilhar, ele sempre estará ao meu lado e quero estar sempre ao seu. Alguém assim não se deve esquecer jamais. Acho que nem conseguiria, se desejasse. Quando me conformei que nunca entenderia a vida e que desisti de compreender os humanos, Surge voce que me tenta viver. Que me dá motivos pra acordar cada manhã e continuar.

Poema já antigo, este. Mas não queria deixar passar batido.

sábado, 3 de outubro de 2009

Gerúndio

Sou um bicho sem lar, sem dono, sem nome. Não tenho um ideal, um objetivo. Vagueio: respirando, andando, conhecendo. Vario pensando no vazio do amanhã, na incerteza do agora e na inutilidade do mês passado. Sou um bicho sem nome, sem rumo que, entretanto, vai vivendo.

O tempo

Um amontoado de momentos, de instantes que controlam a vida. Viver na eternidade por um momento? É mais sensato ter uma eternidade para viver o momento. Único, é óbvio. Mas solúvel a cada ato, pensamento. E se pudermos controlar nossos momentos, podemos controlar as nossa vidas. O futuro? Não... o presente... o instante, quem sabe.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

Sem imaginação pra titulo

Da janela vejo o tempo passar; A cidade formigada de cadáveres ambulantes que afirmam viver harmoniosamente. A fome e o frio que corrói o ossos de pequenas crianças. Me sinto um ser invasor desse mundo perdido. Não sei viver. A roda gigante outra vez faz sua viagem. Droga. A droga que consome o mundo e meus nervos não deixa de ser ilusória. E enquanto os momentos passam, minha vida se extingue Vai-se pelo ralo as porções de cabelos, de unhas; Pés e mãos ralados no asfalto da experiência. Rosto colado no vidro do presente se junta aos olhos cansados. Não de ressaca; São lacrimejantes pupilas dilatadas. Doloridas mordidas que expõe a carne aos corvos. Sinto falta de tanto. De tantos. Por que essa barragem? Deixa o rio correr. Maldição.

Botões

Estava lembrando daquele dia que me perdi. Me perdi nas ruas dessa cidade e encontrei esse esquilo, que acabara de sair dum abismo e resurgia nas luzes Estava divino. Eu só não sabia que nunca entenderia aquele roedor maldito. Por pouco mais de 60 dias eu o conheci. Mas por páginas que viram, o animal saiu pelo mundo Pena que saiu de vez. Nunca mais vi o esquilo Só aquele dia no purgatório, mas só. Engraçado que não me lembrava dele há meses. Por que agora me veio sua lembrança? Não sei. Talves porque o amo. Sim, o amo. Mas não de modo convencional, um amor irreal. Amo aquele esquilo sonhador. Amo aquela alma rebelde como amo tantas almas pelo mundo. Pequeno esquilo errante, seja esse delinquente, que continuarei amando esses botões.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Variações

Não é exatamente o que me deixa feliz. É o que me deixa triste. É o que me deixa depressiva e entediada. É o que eu não gosto de sentir. O que eu não gosto de ver. É o que não compreendo. O que nunca entenderei. O que nunca terei. O que não desejo possuir. O que não copiarei. Não me assemelharei. Nunca me afastarei. O motivo de ser assim. Tão simples de ser, mas tão difícil de realizar. Mundo, mundo, vasto mundo. Mundo, mundo, injusto mundo.

Fim de tarde

Embriaguês. Sem o esperado álcool correndo em minhas veias. Somente a luz do Sol cegando-me. O vento me deixa tonta. Então me viro e deparo com você me encarando. Sorrio sem jeito. Não gosto quando me observam. Mas não está me julgando. Gosto assim. Continuo ébria. Não é cansaço. Não estou cansada. Um pouco de sono; um pouco de fome; mas não é isso. Embriago-me com sua voz. Seu odor que me envolve. E seus braços me apertam contra seu peito. Volto a mim. Não, gosto daquele jeito. O Sol já baixou. É hora de voltar às ruas daquela cidade tão vazia e tão cheia.

Quem sou eu

Minha foto
Indecifrável até pra mim mesma.